•  
  •  
 

Abstract

The idea that indigenous Amazonian societies have been and are essentially egalitarian has been criticized in recent years. This essay critiques frameworks for the study of power in lowland South America by examining diachronic and synchronic variation in Marubo political organization. First, I analyze change over time in Marubo politics and how it relates to population fluctuations linked to contact situations. Based on this analysis, I argue that the small, atomized villages that twentieth-century anthropologists perceived as typifying indigenous Amazonia were products of the historical processes of political organization. Next, I show that leaders of different Marubo villages range from powerless to powerful, and that all positions in this range are acceptable to most Marubo. Thus, it is misleading to label the Marubo as either “egalitarian” or “hierarchical.” Based on this analysis, I argue that labeling indigenous Amazonian societies as egalitarian or hierarchical is a highly problematic endeavor, and that labeling all of Amazonia as egalitarian is clearly inaccurate. The debate on power in Amazonia should be redirected, away from efforts to classify the entirety of Amazonia, towards efforts to understand Amazonian groups on their own terms.

A idea que as sociedades indígenas da Amazônia tem sido, e são, essencialmente igualitárias tem sido criticada nos últimos anos. Neste ensaio, critico estruturas conceituais no estudo do poder em Amazônia através de uma investigação das variações diacrônicas e sincrônicas na organização política dos Marubo. Primeiro, eu analiso mudanças hostóricas na politica Marubo, e como se relacionam com mudanças demográficas ligadas situações de contato. Baseiado neste análise eu sustento que as pequenas e isoladas aldeias que os antropólogos do século vinte perceberam como típicos da Amazônia indígena foram produtos dos processos históricos de contato interetnico e não podem serem considerados representativos de uma organização política indígena “normal.” Segundo, eu mostro variações em níveis de poder entre chefes de diferentes aldeias Marubo, desde chefes com pouco poder até chefes com poder significante, e também que todas as posições nesta série de possibilidades políticas são aceitáveis à maioria dos Marubo. Assim, é impossível classificar os Marubo como “igualitários” ou “hierárquicos.” Baseiado neste análise eu sustento que a classificação de sociedades indígenas Amazônicas como iguálitarias ou hierárquicas e altamente problemática, e a classificação do conjunto da Amazônia como igualitário é claramente inexato. O debate sobre o poder na Amazônia deveria mudar de enfoque, trocando esforços de classificação do conjunto da Amazônia por esforços de comprender a cada grupo indígena de acordo com a sua própria lógica político-cultural.

Included in

Anthropology Commons

Share

COinS