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Keywords

Amazonian midwifery; AMUPAKIN; Napo Runa; Waorani; cultural revitalization; knowledge transmission

Abstract

Despite its relevance for analyzing many distinctive native imaginaries and societal values, childbirth remains a relatively neglected theme within Amazonianist scholarship. Yet, birthing can be shown to structure contemporary struggles around kinship, politics, economics, and the place of transformation in social life. This article proposes to examine a Kichwa organization (AMUPAKIN) through an experimental anthropological lens. By putting childbirth at the center of its political struggle, AMUPAKIN seeks to keep Kichwa knowledge/power alive. The goal of the organization is that each child born the Kichwa way will be able to live a good life in multicultural contexts. The article documents how AMUPAKIN’s midwives work expertly at transforming childbirth into a myriad of culture-making events. It shows how native Amazonian midwifery facilitates collaborations across internal divisions and external differences. The making and strengthening of a unique biocultural heritage amidst generalized indifference and/or open hostility are explored. The conclusion outlines some of the implications for anthropological approaches to interculturality and ecumenical worldmaking.

Translated Abstract

Apesar de sua relevância para a análise de muitos imaginários nativos e valores sociais distintos, o parto continua sendo um tema relativamente negligenciado nos estudos amazônicos. No entanto, pode-se demonstrar que o parto estrutura as lutas contemporâneas em torno do parentesco, da política, da economia e do lugar da transformação na vida social. Este artigo propõe examinar uma organização Kichwa (AMUPAKIN) através de lentes antropológicas experimentais. Ao colocar o parto no centro da sua luta política, a AMUPAKIN procura manter vivo o conhecimento/poder Kichwa. O objetivo da organização é que cada criança nascida no estilo Kichwa seja capaz de viver uma vida boa em contextos multiculturais. O artigo documenta como as parteiras da AMUPAKIN trabalham habilmente para transformar o parto numa miríade de eventos de criação de cultura. Mostra como a obstetrícia nativa da Amazônia facilita a colaboração entre divisões internas e diferenças externas. São exploradas a criação e o fortalecimento de uma herança biocultural única em meio à indiferença generalizada e/ou à hostilidade aberta. A conclusão descreve algumas das implicações para as abordagens antropológicas da interculturalidade e da construção ecumênica do mundo.

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