Home > Tipití > Vol. 20 > Iss. 2 (2024)
Keywords
food; indigenous peoples; techniques; Rio Negro; historical changes
Abstract
Manioc flour is currently considered one of the main foods consumed by Indigenous peoples in the Northwest Amazon. It is fundamental both to the traditional diet and to adding an "Indigenous flavor" to urban dishes. This article presents an analysis of historical sources that position manioc flour as an important trading commodity since the 19th century and shows how its internal consumption seems to have grown in recent decades. This significance contrasts with the role of manioc flour in mythic narratives about the origin of foods, where it is either not mentioned among the Tukano peoples or referred to as "civilized food" among the Aruak (Journet 1995). Descriptions of the technical processing of manioc flour, along with the production of two types of beiju (a flat bread), indicate that various types of flour that were once produced have converged into a single type throughout the Upper Rio Negro. The article aims to demonstrate how the civilization process led Indigenous peoples to adapt and/or intensify manioc flour production using techniques they traditionally possessed, responding in their own way to contact relations.
Translated Abstract
A farinha de mandioca é considerada hoje um dos principais alimentos consumidos pelos povos indígenas na bacia do Rio Negro, sendo fundamental tanto para a dieta tradicional como para dar um “sabor indígena” a um prato de comida da cidade. O artigo apresenta uma análise de fontes históricas que situam a farinha como importante mercadoria de troca desde o século XIX e mostra como o seu consumo interno parece ter crescido nas últimas décadas. Essa relevância destoa com o papel da farinha nas narrativas míticas sobre a origem dos alimentos, nas quais a farinha não é mencionada entre povos Tukano, ou é citada como “comida civilizada” entre os Aruak (Journet 1995). As descrições sobre o processamento técnico da farinha em conjunção com a produção de dois tipos de beiju (pão achatado) indicam que vários tipos de farinha outrora produzidos passaram a convergir para um único tipo em todo o Alto Rio Negro. O artigo procura demonstrar como o processo civilizatório levou os povos indígenas a adaptar e/ou intensificar a produção de farinha a partir de técnicas que já possuíam tradicionalmente, dando uma resposta própria às relações de contato.
Recommended Citation
França, Lorena
(2024).
"“Before, we didn’t eat manioc flour”: Historical and social transformations in food techniques among Indigenous Peoples of the Rio Negro basin in the Brazilian Amazon",
Tipití: Journal of the Society for the Anthropology of Lowland South America:
Vol. 20:
Iss.
2, Article 2.
DOI: https://doi.org/10.70845/2572-3626.1407
Available at:
https://digitalcommons.trinity.edu/tipiti/vol20/iss2/2
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