"(Un)worlding with Karipuna’s Shadowy Alliances" by Hanmin Kin
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Keywords

Indigenous Cosmopolitics; Isolated Indigenous People, Worlding; Being Affected; Shamanism

Abstract

This ethnographically inspired article investigates the ways in which the Karipuna Indigenous people in Rondônia defend their land in the Western Brazilian Amazon against forces of deforestation and dispossession. I focus on the Karipuna’s plurivalent and collective forest spirits called the mirangã, through life experience accounts of two survivors from the “pre-contact” era who embody the Karipuna-mirangã connection. Through an analysis of the onto-epistemological entanglements in which the mirangã and my interlocutors are situated, I articulate another front of the Karipuna’s multi-faceted resistance: the struggle of worlding vis-à-vis the non-indigenous world. This process also reveals the association (from the Karipuna’s point of view) between the mirangã and isolated Indigenous people (os isolados) in the Karipuna Land, whose existence has been questioned for decades. This connection-in-the-making, deployed by “shamanism without shaman”, is viewed as a form of cosmopolitical approach. By combining ethnographic inquiry with close examination of personal documents, I illustrate how the Karipuna’s dynamic world-making process (in which I partially participated and became affected) allows for multiplication by populating their world with their significant Others.

Translated Abstract

Este artigo de inspiração etnográfica investiga as formas como o povo indígena Karipuna em Rondônia defende a sua terra, na Amazónia Ocidental Brasileira, contra as forças de desflorestação e desapropriação. Concentro-me nos espíritos plurivalentes e coletivos da floresta Karipuna, chamados os mirangã, através do relato de experiências de vida de dois sobreviventes da era do “pré-contacto” que personificam a ligação Karipuna-mirangã. Através duma análise dos emaranhados onto-epistemológicos em que se situam os mirangã e os meus interlocutores, articulo uma outra frente da resistência multifacetada dos Karipuna: a luta de "fazer-mundo" (worlding) face ao mundo não-indígena. Este processo revela também a associação (do ponto de vista dos Karipuna) entre os mirangã, e os povos indígenas isolados na Terra Indígena Karipuna, cuja existência é questionada há décadas. O artigo mostra que esta ligação em formação, implantada pelo “xamanismo sem xamã”, é como uma forma de abordagem cosmopolítica. Ao combinar a investigação etnográfica com o exame atento de documentos pessoais, ilustro como o processo dinâmico de construção do mundo dos Karipuna (no qual eu participei parcialmente sendo também afetado) permite multiplicação, ao povoar o seu mundo com os seus “Outros significativos”.

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