Home > Tipití > Vol. 20 > Iss. 2 (2024)
Keywords
Jean Langdon; Shamanisms; Gender; Emergence; Praxis
Abstract
This text reviews some of Jean Langdon’s most important classical and contemporary writings about shamanism, highlighting her key contributions to the area, as well as her relevance to the anthropology of health and Indigenous health policies. The paper also reflects on Langdon’s influence in the discussions surrounding gender and female agency in ethnographies of lowland South America. Jean Langdon was one of the pioneers in the revival of the research on shamanism in the 1980s. During a period when male anthropologists largely dominated studies on this topic, she highlighted the complexity and diversity of Indigenous shamanisms, proposing that they should be seen as cosmological systems. In her more recent works, she suggests that shamanisms emerge from specific political and historical contexts and proposes to approach this phenomenon as a dialogical category resulting from the interactions of actors with very diverse origins, discourses, and interests. Langdon also discusses contemporary shamanic networks, circuits that have expanded significantly over the past two decades in Latin American countries such as Brazil and Colombia, as well as in other parts of the world. With ayahuasca playing a central role, these growing networks connect multiple Indigenous and non-Indigenous social actors across geographic, symbolic, and conceptual boundaries. Langdon particularly emphasizes the dynamic, creative and constantly transforming nature of Amerindian shamanisms, which often challenges the anthropological imagination.
Translated Abstract
Este texto traz uma revisão de alguns dos trabalhos mais importantes de Jean Langdon sobre xamanismo, destacando suas contribuições para este campo, bem como para a antropologia da saúde e as discussões envolvendo políticas de saúde indígena. Jean Langdon foi uma das pioneiras na retomada das investigações sobre xamanismo a partir dos anos 1980. Durante um período no qual as pesquisas sobre o tema foram amplamente dominadas por antropólogos homens, ela ressaltou a complexidade e a diversidade dos xamanismos ameríndios, propondo que fossem vistos como sistemas cosmológicos. Em seus trabalhos mais recentes, Langdon argumenta que os xamanismos emergem de contextos históricos e políticos específicos e sugere pensar este fenômeno como uma categoria dialógica, resultando das interações entre atores com origens, discursos e interesses muito distintos. Entre outros tópicos, ela aborda as redes xamânicas contemporâneas, circuitos que vêm se expandindo ao longo dos últimos vinte anos em diferentes países latino-americanos, tais como Brasil e Colômbia, bem como em outras partes do mundo. Com a ayahuasca desempenhado um papel central, essas redes conectam múltiplos atores sociais, indígenas e não-indígenas, atravessando fronteiras geográficas, simbólicas e conceituais. Nesse cenário, Langdon chama atenção para a criatividade, o caráter dinâmico e a transformação constante que estão entre as características centrais dos xamanismos ameríndios, muitas vezes desafiando a imaginação antropológica.
Recommended Citation
de Rose, Isabel Santana
(2024).
"Jean Langdon: transformations and perspectives from half a century of research about shamanism",
Tipití: Journal of the Society for the Anthropology of Lowland South America:
Vol. 20:
Iss.
2, Article 9.
DOI: https://doi.org/10.70845/2572-3626.1389
Available at:
https://digitalcommons.trinity.edu/tipiti/vol20/iss2/9