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Abstract

Starting from a statement about knowledge and power by a Piaroa informant of Joanna Overing, the article analyses two descriptions of a meal on the Purús river in the early twentieth century: a Piro song and a short essay by Euclides da Cunha. Contrasting these two pieces in the context of how the ancestors of the Piro people of today came to meet the famous Brazilian writer, I propose the concepts of “nationalization” and “tribalization” as modes of symbolic action. Nationalization takes local events and escalates them into the space-time of the nation state, while tribalization deactivates the dangerous ramifications of local events. The former remembers, the latter forgets. In these two modes of symbolic action are two modes of political philosophy, noted by Overing’s Piaroa informant.

Começando de um ditado de um informante Piaroa de Joanna Overing, o artigo analiza duas descrições de uma refeição no rio Purús no começo do século vinte: uma canção piro e um ensaio breve de Euclides da Cunha. Contrastando as duas peças no contexto de como os ancestrais dos piros de hoje chegaram a se encontrar com o celebrado escritor brasileiro, proponho os conceitos de “nacionalização” e “tribalização” como modos de ação simbólica. Nacionalização toma os eventos locais e os esquenta ao tempo-espaço do estado-nação, em quanto que tribalização desativa as potencialidades perigosas dos eventos locais. O primeiro lembra, o segundo esquece. Nesses dois modos de ação simbólica estão dois modos de filosofia política, como notou o informante Piaroa de Overing.

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